Os convidados do terceiro bloco do Workshop PSR/CanalEnergia, ‘Definindo uma agenda regulatória estrutural’, avaliaram como o mercado irá se adaptar e criar nichos de atuação. Dentre os pontos abordados, aparecem a valoração e desenho de mercado dos serviços requisitados pelo sistema, quais serão os mercados de geração no curto, médio e longo prazo, como garantir um equilíbrio na transmissão e distribuição.

Iniciando o debate, Jairo Terra, Head em Assuntos Regulatórios, afirmou que a agenda estrutural é pautada por questões físicas do sistema, e que hoje existem diversos caminhos para a transição energética, como a adaptação e a mitigação. “Ao longo do tempo, diversos países investiram na inserção de renováveis e essa inserção trouxe consequências ao sistema”.

Outro tema abordado e os participantes foi a geração distribuída. Para Amanda Fernandes, Head na área de Redes, é fundamental que ela aconteça de maneira ordenada. “Em determinados locais no Brasil há crescimento desordenado, o que impacta o sistema”. Também defendeu a definição de uma agenda técnica e regulatória para tornar o sistema mais resiliente.

Para Gabriel Cunha, Head na área Internacional, com o passar do tempo é possível observar os resultados da geração distribuída. Segundo o especialista, é preciso reunir informações para compreender o impacto da GD na distribuição e no preço da energia.

O executivo ainda destacou a importância do aprimoramento constante dos modelos para atender incertezas: “Precisamos de riqueza de produtos, muito disso tem sido pesquisa, o modelo matemático precisa acompanhar e resolver essa questão”.

Último a discursar, o Expert em Assuntos Regulatórios, Erik Rego, falou sobre o LRCAP 2024, leilão voltado para empreendimentos de geração. O especialista avaliou que os sistemas de armazenamento com baterias e usinas reversíveis serão tecnologias-chave para complementar as hidrelétricas, provendo flexibilidade ao sistema, na falta de projetos hídricos em quantidade expressiva.